Fui ao jogo do Inter x Estudiantes. Francisco, o mexicano, ficou de nos providenciar os ingressos para assistirmos na torcida do Estudiantes. Iríamos eu, Rafael (Uberabense que vive em São Paulo), Antônio (mexicano, jogador de futebol), Francisco. Porém, quem trouxe os ingressos foi um colombiano, amigo de Francisco que só carregava dois ingressos. Francisco saiu do albergue cedo e ficamos de conversar com ele por NEXTEL, que Rafael e ele tinham. Fomos então em 4. Custamos a conseguir um taxi porque o estádio é fora de Buenos Aires, precisamente em Quilmes, há 25 km e os taxistas não gostam de levar ou cobram a mais pelo serviço. O que é direito deles. Enfim, conseguimos um taxista e chegando lá houve um mal entendido sobre os ingressos. Resultado: Francisco já havia entrado e só tinhamos dois ingressos. Fomos pro lado da torcida do Inter, para comprar mais dois ingressos, já que do outro lado não havia mais. Pagamos um pouco mais caro e entramos. Encontramos os outros dois lá dentro e perdemos os dois gols do Estudiantes por causa do atraso e da confusão. De repente, depois do intervalo o colombiano sumiu e ficamos nós 3, sem rádio porque a bateria estava morrendo. No fim do jogo o Inter meteu um gol e conseguiu a classificação. Pensei que aquilo não era bom porque a torcida do Estudiantes, que era grande, não ia ficar feliz. Estávamos em Quilmes sem saber como voltar e só conseguimos avisar ao Francisco que estávamos saindo antes da bateria morrer de vez. Perguntamos a um policial como voltar pra BsAs e ele nos indicou uma direção. Trocamos notas por moedas e, depois de rodar um pouco, conseguimos pegar um ônibus. Voltamos pra casa são e salvos.
Dois detalhes importantes: Eu perdi meu cartão de crédito. Creio que no taxi. Rafael teve seu laptop roubado antes de sair pro jogo. Então não foi a melhor noite, mas foi um experiência interessante.
Buenos Aires está comemorando o bicentenário da Revolução de Maio. Na rua está tendo desfiles, shows, stands de cada província, comidas típicas de toda a América Latina e até do mundo, e gente, muita gente. Gente até pra fazer doce.
Fui nos dois primeiros dias e tocaram músicos e bandas de Chile, Argentina, Uruguai, Colombia, Paraguay, Brasil (Gilberto Gil) e muitos outros. A multidão se entende por vários quarteirões que não são nada pequenos. Hoje choveu todo a tarde/noite sem parar, portanto quase ninguém saiu na rua. O jeito foi tomar vinho, ver filmes e comer pizza. Ontem, no show do Gilberto Gil, que começou muito tarde, estávamos super cansados de ficar de pé parados, mas mesmo assim dançamos muito. Isso só foi possível porque muita gente foi embora e o espaço livre cresceu alguns centímetros. A música brasileira tem algo de diferente, algo de liberdade, diferente da música argentina que é mais carregada, pesada, ou sei lá o que. Sei que as pessoas ficam mais estáticas e tensas, enquanto com a música brasileira o povo dança e sorri. Havia bandeiras e gente de toda a América Latina. Havia músicos de toda a América Latina também. A revolução de Maio não foi um evento isolado da Argentina, por isso é algo compartido por outros países, o que é muito atraente.
Uma coisa em especial me chamou a atenção. Havia milhões de pessoas na rua, de todos os lados, de todas as idades, de toda classe social e nenhuma confusão. Havia policiais, porém poucos e muito tranquilos porque não tiveram muito trabalho. Algo a se aprender.
3 comentários:
Quanta aventura hein?!
Estou acompanhando tudo por aqui.
To morrendo de saudades, é bom pensar que falta só uma semana \o/
E hoje sei muito bem, quanto tempo demora um mes.
Beeijao !
Nossa! tÔ estasiada! preciso disso na minha vida!!! Ai ai... pq não vivo en Bs As? ahhhhhhhhh Na próxima qro tá junto contando as peripércias mas em primeira pessoa! rs bjos nego!!! saudade!
No Rio - perdão pelo termo - já tinha dado merda... O último show que teve por aqui parou um bairro inteiro. Ônibus por toda parte, guardas apitando pra "aliviar" a confusão. Algo a se aprender mesmo... Principalmente, que é melhor ir pra Argentina no final de maio, não no começo... ehehe
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