Último dia. Um mês "idiomático". Hoje teve aquela cena clássica de sentar na mala pra conseguir fechá-la. Logo eu que não sou de comprar...
Minha cabeça já tava em BH desde anteontem... Pensei em tudo quanto é compromisso, trabalhos, problemas, contas que terei que lidar. Saudades também, não do Brasil, mas de gente. Fiz alguns amigos aqui, pessoas que trabalham no albergue e também pessoas que passaram por aqui. Há inclusive uma história muito boa sobre as pessoas do albergue.
Vamos à introdução:
Sou famoso por não dar muita bola pra aniversário, principalmente o meu. Muita gente me xinga por isso, mas eu realmente não levo a data a sério.
A história:
Bom, acontece que quando se cadastra num hotel ou albergue lhe perguntam sua data de nascimento e então, o pessoal percebeu que eu ia passar meu aniversário aqui em Buenos Aires e estaria hospedado na tal data. Eu realmente não estava preocupado com os dias, mas eu sabia que ia voltar pra casa um dia depois do meu aniversário. Um dia a Emília, que é uma menina que trabalha no albergue no turno da noite me disse: - Falta poco, sí?! - E eu: para qué?! - Tus compleaños! - Eram 22:00hs. Eu pensei: Putz! É mesmo. E comecei a pensar que eu tinha que resolver as coisas rápido porque tava me sobrando pouco tempo. No dia seguinte acordei, tomei banho, tomei café, fui parabenizado por Ayelen, Gricela e Antonia. Então eu saí para comprar coisas, principalmente para outras pessoas, não para mim. Quando voltei havia um cartão desejando parabéns na porta do meu quarto. Subi pra agradecer e elas haviam feita um bolo de chocolate e cantaram: "Que se cumpla feliz! Que se cumpla feliz!" Foi bacana! Comemos o bolo. Distribuímos alguns pedaços e ainda sobrou um pouquinho. A irônia foi que eu havia comprado livros da Clarice Lispector para as moças do albergue. Entreguei dizendo que era meu aniversário mas, elas é quem ganhariam um presentinho! De agradecimento mesmo, porque me trataram muito bem. Recomendo a todos este albergue. Depois de um tempo, peguei meu computador para checar e-mails. Eram umas 16hs. Foi quando olhei pro calendário e vi lá a data. Não era meu aniversário! Era a véspera! Há! Elas se convenceram e me convenceram que era. (Ayelen, Gricela, Antonia. Desculpem-me!)Funcionou porque pra mim não fazia diferença. Eu simplesmente mordi a isca. =). Quem disse que eu tive coragem de contar?!
Será que vou pra copa?! Dieguito???!!!
Um último recado para aquele tipo de mulher que tem um cartão de crédito.
NUNCA VENHA A BUENOS AIRES, SERÁ O SEU FIM!!!
Recebi uma proposta de trabalho aqui em Buenos Aires. O serviço de prestaçao de suporte para o Brasil funciona aqui, ou seja, precisam de gente que saiba um pouco sobre informática e fale português. Tcharam!!! Chegando ao Brasil vou procurar a embaixada e ver como funciona a questão do visto de trabalho/estudo e também a questão do DNI, que é o RG/CPF deles. Esse emprego não é lá nenhuma maravilha, mas o custo de vida aqui é mais baixo e com o salário que me disseram dá pra ficar legal. Além disso, posso procurar outra coisa, pois meu currículo me dá essa possibilidade. Enfim, quem sabe?!
Arley Alves Ribeiro
2 comentários:
Estou muito feliz por sua volta.
Estarei sempre feliz por cada conquista sua, mesmo se ela te levar pra longe.
Te admiro muito.
Aproveitando... Feliz aniversário... atrasado, mas nem tanto assim. ehehe (ainda bem que avisou! ehehe)
Saúde, sorte e paz sempre!
Sucesso, no Brasil ou na Argentina.
Grande abraço!
Postar um comentário