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Músico, vivo, questionador, aprendiz

quinta-feira, março 10, 2011

Vultos, votos e voltas


Tive uma amante que amava.
Quem podia saber, sabia.
Quem não podia saber, era quem podava.

Uma dia ela pediu tempo ao tempo.
Pra pensar sobre tal peso.
Eu não pude negar à nega.

Veio outro amor, e outro, e mais
nem um nem outro capaz.
Saudade soou, social insaciável.
Agachei no chão. Chorei.

no amor namorei.
no amar que nunca neguei.
Em volta, a volta. Vários vultos.
Viver é não ver.


Arley Alves Ribeiro