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Músico, vivo, questionador, aprendiz

segunda-feira, agosto 29, 2011

Canção in-finita


Arley Alves Ribeiro

Diviana

Ela é divina!
Ela não cabe no mundo
Ela é tão leve, talvez porque vazia
Talvez por isso o mundo a encha tanto
sem preencher o nada
Enche com tantas drogas
Dizem que pro seu bem
mas a faz tão mar
E quando mar, ela fica blue
ela me escreve: ao ar ei de ir!
ao ar: leia bem.
Eu vou ar!
Voar!
Minha lei: ar!

Arley Alves Ribeiro

o som do nada

Eu quero um silêncio tão agudo
que soe algo muito grave
uma música tão perfeita
que me encha de vazio

e assim me faça raso
e esse som que de tão raro
silencie o meu pensar

Quero a nona sintonia
tal ode à alegria
fez o gênio surdo a escutar

e lutando contratempo
alongar o momento
onde o pulso não impulsou

quero quebrar o meio
pois meu único princípio
é chegar a um fim
sendo o fim, principiar

Arley Alves Ribeiro

domingo, agosto 21, 2011

Tororó - album dança da meia lua

Eu fui no Tororó
Beber água, não achei
Achei bela morena
Que no Tororó deixei
Pra que, morena
Ah, pra que carinho
Ah, pra que desejo
Pra acabar sozinho

Antes da mulher
Era o homem só
Era sem querer
Era sem amor
Era sem penar
Era sem suor
Era sem mulher
Era bem melhor

Deus fez a fêmea e depois
Que ela encorpou, nunca mais
Que um mais um foram dois
E caíram de quatro os animais
E tome praga no arroz
Rebelião nos currais
Ficou o homem feroz
E estranhou seus iguais

Antes da mulher
Era um dissabor
Era um desprazer
Que fazia dó
Homem sem mulher
Era quase um pó
Que ficava em pé
Era um saco só

Dentro da fêmea Deus pôs
Lagos e grutas, canais
Carnes e curva e cós
Seduções e pecados infernais
Em nome dela, depois
Criou perfumes, cristais
O campo de girassóis
E as noites de paz

Chico Buarque e Edu Lobo

quinta-feira, agosto 18, 2011

Eu só quero o saber por causa do sabor.

Eu não quero apenas frases soltas. Eu quero pensamentos livres!

"Tudo aquilo para que temos palavras é porque já ultrapassamos." - Nietzche

"Prefiro as máquinas que servem para não funcionar: quando cheias de areia, de formiga e musgo - elas podem um dia milagras de flores. Também as latrinas apropriadas ao abandono me religam a Deus. Senhor, eu tenho orgulho do imprestável." - Manoel de Barros

Nota-mi

Sem dó! Adóro-ti!

Só Sol Arley Si Bequadro fores.

Ré fá-ça mi!

fálá! canta-lá!

ou vá!

Arley Alves Ribeiro

segunda-feira, agosto 15, 2011

assim é, assim foi

A indiferença é meu algoz

Arley Alves Ribeiro

quarta-feira, agosto 03, 2011

o mesmo é pra quem tem

o mesmo
é p'ra quem
tem
perdão
é p'ra quem
tem
razão
é p'ra quem
tem
noção
é p'ra quem
tem
juízo
é
p'ra quem
tem
respeito
é p'ra quem
tem
direito
é p'ra quem
tem
caráter
é p'ra quem
tem
vergonha
é p'ra quem
tem
culpa
é p'ra quem
tem
desculpa
é p'ra quem
tem
renúncia
é p'ra quem
tem
amigo
é p'ra quem
tem
confiança
é p'ra quem
tem
coragem
é p'ra quem
tem
redenção
é p'ra quem
tem
o mesmo


Arley Alves Ribeiro