Bicho-Papão
Tem um sonho antigo que eu me lembro, dentre os tantos que eu era perseguido, que foi interessante. Até hoje nao sei se a casa existiu ou não na real. Eu interpretei que era a casa da minha avó, e que ficava no alto da rua, tinha uma grade baixa na frente, branca, e no fundo tinha uma escada que dava para o quintal, todo cimentado. Estava eu sendo perseguido pelo bicho-papão e eu nunca conseguia correr nos sonhos, minhas pernas não me obedeciam... era puro desespero, por fim eu estava sempre sendo alcançado, mas desta vez, apesar do enorme esforço, cheguei ao topo da rua que era em forma de uma parábola, eu via a cena como se estivesse de frente pra casa, a casa nem tinha lógica de tocar o chão, só o centro dela se “equilibrava” no ápice da rua, eu vinha da esquerda, arrastando pelo passeio, e cheguei a frente do portão, numa situação de escalada mesmo, olhei para a parte direita e lá vinha o capeta subindo correndo pra me pegar também. Na época, pra entenderem ou pelo menos imaginarem minha idade, já que eu não posso precisar, eu não falava a palavra “capeta”, pois não falava palavrão de jeito nenhum. Nesta situação com o capeta de um lado o bicho-papao de outro, eu abaixei e esperei os dos trombarem, sei lá, só encondia a cara e ficava lá até que não acontecia nada, simplesmente ficava igual um tatu, agachado, tremendo, e esperando o fim, seja pela mão do capeta ou do bicho-papão, que não os visualizei, mas sabia que eram eles.
Tem um sonho antigo que eu me lembro, dentre os tantos que eu era perseguido, que foi interessante. Até hoje nao sei se a casa existiu ou não na real. Eu interpretei que era a casa da minha avó, e que ficava no alto da rua, tinha uma grade baixa na frente, branca, e no fundo tinha uma escada que dava para o quintal, todo cimentado. Estava eu sendo perseguido pelo bicho-papão e eu nunca conseguia correr nos sonhos, minhas pernas não me obedeciam... era puro desespero, por fim eu estava sempre sendo alcançado, mas desta vez, apesar do enorme esforço, cheguei ao topo da rua que era em forma de uma parábola, eu via a cena como se estivesse de frente pra casa, a casa nem tinha lógica de tocar o chão, só o centro dela se “equilibrava” no ápice da rua, eu vinha da esquerda, arrastando pelo passeio, e cheguei a frente do portão, numa situação de escalada mesmo, olhei para a parte direita e lá vinha o capeta subindo correndo pra me pegar também. Na época, pra entenderem ou pelo menos imaginarem minha idade, já que eu não posso precisar, eu não falava a palavra “capeta”, pois não falava palavrão de jeito nenhum. Nesta situação com o capeta de um lado o bicho-papao de outro, eu abaixei e esperei os dos trombarem, sei lá, só encondia a cara e ficava lá até que não acontecia nada, simplesmente ficava igual um tatu, agachado, tremendo, e esperando o fim, seja pela mão do capeta ou do bicho-papão, que não os visualizei, mas sabia que eram eles.
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