Aqui eu escrevo tudo o que não posso escrever. Aqui você irá tentar ler tudo o que não consegue Aqui estão as respostas de tudo que não se perguntou Aqui está a matéria prima do que não foi feito e assim...
sexta-feira, novembro 23, 2012
de mim
Na beleza simplista de uma canção
No poder de fixação de um olhar
Na angústia nauseante de não poder gritar
Na turva visão de um ébrio espectador
Na melodia singela, que dói de tão bela,
ecoando insistente dentro na cabeça, ainda que tão cheia
provocando um sem fim de emoções
revivendo palavras, sensações, arrepios e marcas,
enquanto mágoas, de expectativas não atingidas.
Pior ainda, saudades daquelas que se realizaram
Ali estou eu,
o pouco que sou,
o porto que vou,
prestes a me entregar
Arley Alves Ribeiro
segunda-feira, outubro 22, 2012
jardim
Penso em pedaços
vivo montanhas
corro p'ra longe
de perto de mim
Quando palhaço
finjo sorrisos
Invento cores
p'ro meu inverno/inferno/interno jardim
Eu sei que sou um pouco estranho
eu sempre volto a morrer por um triz
eu sei que sôo um tanto triste
mas minha vida é mesmo assim
Arley Alves Ribeiro
vivo montanhas
corro p'ra longe
de perto de mim
Quando palhaço
finjo sorrisos
Invento cores
p'ro meu inverno/inferno/interno jardim
Eu sei que sou um pouco estranho
eu sempre volto a morrer por um triz
eu sei que sôo um tanto triste
mas minha vida é mesmo assim
Arley Alves Ribeiro
domingo, julho 01, 2012
quarta-feira, junho 13, 2012
ou vês ou não
Não sei o que houve
Não sei o que ouves
Eu ouço
É! osso!
Ouvir ou vir a ser sensato
Não ser sensível
Sentir
Sem ti
Arley Alves Ribeiro
Não sei o que ouves
Eu ouço
É! osso!
Ouvir ou vir a ser sensato
Não ser sensível
Sentir
Sem ti
Arley Alves Ribeiro
segunda-feira, abril 30, 2012
Enquanto a música não vem
Enquanto a música não vem
derramo o meu sangue em outros cantos
ajudo com meu medo algum estranho
Partilho alguns amigos com segredos
Enquanto a música não vem
programo alguma coisa nos domingos
repito alguma bossa no piano
planejo algum sorriso sem motivo
Enquanto a música não vem
mendigo algum batuque pelas praças
amo alguma moça algo sem graça
danço alguma dança sem compasso
Enquanto a música não vem
suspendo algum acorde sem a tônica
cultivo algum desejo desprezível
abraço alguma idéia pelo tronco
Enquanto a música não vem
eu vôo
Enquanto a música não vem
eu nem sou
Enquanto a música não vem
eu quase vou
Enquanto música,
vem!
Arley Alves Ribeiro - 24 de abril de 2012
derramo o meu sangue em outros cantos
ajudo com meu medo algum estranho
Partilho alguns amigos com segredos
Enquanto a música não vem
programo alguma coisa nos domingos
repito alguma bossa no piano
planejo algum sorriso sem motivo
Enquanto a música não vem
mendigo algum batuque pelas praças
amo alguma moça algo sem graça
danço alguma dança sem compasso
Enquanto a música não vem
suspendo algum acorde sem a tônica
cultivo algum desejo desprezível
abraço alguma idéia pelo tronco
Enquanto a música não vem
eu vôo
Enquanto a música não vem
eu nem sou
Enquanto a música não vem
eu quase vou
Enquanto música,
vem!
Arley Alves Ribeiro - 24 de abril de 2012
sábado, fevereiro 25, 2012
terça-feira, fevereiro 21, 2012
Se eu tivesse a voz
Se eu tivesse a voz
para cantar mais do que dizer
o que por dentro grito
cantaria pelas ruas à noite
com um chapéu no chão
com a veia muitas vezes estufada
a cara corada, beirando à rouquidão
se eu tivesse o poder da voz
eu cantaria pelos telhados
para abafar todo sinal que transite
e acordar qualquer sonho deitado
espiralando o senso de direito
se eu tivesse ao meu alcance a voz
estaria sempre on the road
usaria tons mais intensos
usaria sons mais imensos
usaria bons e poucos silêncios.
se eu tivesse nascido com a voz
faria um esforço inédito
seria o pretérito mais-que-perfeito
indicativo subjuntivo tão sujeito
a qualquer frequência tocar
se eu não tivesse só o desejo da voz
você seria vós.
Atados seriamos, nós.
Arley Alves Ribeiro
para cantar mais do que dizer
o que por dentro grito
cantaria pelas ruas à noite
com um chapéu no chão
com a veia muitas vezes estufada
a cara corada, beirando à rouquidão
se eu tivesse o poder da voz
eu cantaria pelos telhados
para abafar todo sinal que transite
e acordar qualquer sonho deitado
espiralando o senso de direito
se eu tivesse ao meu alcance a voz
estaria sempre on the road
usaria tons mais intensos
usaria sons mais imensos
usaria bons e poucos silêncios.
se eu tivesse nascido com a voz
faria um esforço inédito
seria o pretérito mais-que-perfeito
indicativo subjuntivo tão sujeito
a qualquer frequência tocar
se eu não tivesse só o desejo da voz
você seria vós.
Atados seriamos, nós.
Arley Alves Ribeiro
domingo, fevereiro 12, 2012
Como planta crescendo sem chuva no meio do verão
"Difícil é viver longe desse teu cheiro mineiro de flor"
sexta-feira, janeiro 20, 2012
sexta-feira, janeiro 06, 2012
À MÚSICA
música é a própria divindade,
nada mais sacro do que tocar um instrumento,
ou entoar um canto,
tão fácil frequentar um templo,
tão simples repetir uma oração,
tão egoísta pedir uma benção,
quando comparados ao ritual de se musicalizar,
uma vida de privações em busca do inefável,
da perfeita afinação
do ritmo, da intensidade, da harmonização
do instante,
de cada um dos instantes, musicais,
do som que necessita tanto do silencio,
e quando música, nos faz calar,
nos faz ouvir além do escutar,
nos reflete, nos ultrapassa, nos entende,
nos une,
o om,
divino é o acorde,
eterna é a pulsação que temos dentro,
música,
orquestra,
ensaio,
tudo para trazer sintonia,
música, tanta beleza só poderia vir de algo feminino,
para ter permissão de ser bela, rude, forte, fraca, sublime, delicada,
estrondosa, caprichosa ou até agressiva,
única,
formosa e imútavel, com todas as suas facetas,
paradoxal,
devoto é o musicista,
seu estudo é oração
Arley Bequadro
nada mais sacro do que tocar um instrumento,
ou entoar um canto,
tão fácil frequentar um templo,
tão simples repetir uma oração,
tão egoísta pedir uma benção,
quando comparados ao ritual de se musicalizar,
uma vida de privações em busca do inefável,
da perfeita afinação
do ritmo, da intensidade, da harmonização
do instante,
de cada um dos instantes, musicais,
do som que necessita tanto do silencio,
e quando música, nos faz calar,
nos faz ouvir além do escutar,
nos reflete, nos ultrapassa, nos entende,
nos une,
o om,
divino é o acorde,
eterna é a pulsação que temos dentro,
música,
orquestra,
ensaio,
tudo para trazer sintonia,
música, tanta beleza só poderia vir de algo feminino,
para ter permissão de ser bela, rude, forte, fraca, sublime, delicada,
estrondosa, caprichosa ou até agressiva,
única,
formosa e imútavel, com todas as suas facetas,
paradoxal,
devoto é o musicista,
seu estudo é oração
Arley Bequadro
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