Aqui eu escrevo tudo o que não posso escrever. Aqui você irá tentar ler tudo o que não consegue Aqui estão as respostas de tudo que não se perguntou Aqui está a matéria prima do que não foi feito e assim...
terça-feira, janeiro 30, 2007
quinta-feira, janeiro 25, 2007
domingo, janeiro 14, 2007
reticências
Hoje bateu uma saudade, até lágrima correu, não sei pra onde. Não, não, não são versos. Só um pensamento. Culpa da foto onde todos sorriem... todos importantes, mas uma pessoa em especial está lá. Uma que não precisava aplaudir, apenas ser aplaudido! É maestro, o que eu não daria pra escutar (pela milésima vez) qualquer trocadilho seu.
sábado, janeiro 13, 2007
ou-viu
ou-vir
ou-viu
ou-ve
vir-ou
par-ou
sentidos,
palavras,
gestos,
rostos,
pêlo,
pele
(osso,ousso,ouço,oço,oco)
ou-viu
ou-ve
vir-ou
par-ou
sentidos,
palavras,
gestos,
rostos,
pêlo,
pele
(osso,ousso,ouço,oço,oco)
domingo, janeiro 07, 2007
A imagem refletida
Vem de antes do sol
A luz que em tua pupila me desenha.
Aceito amar-me assim
Refletida no olhar com que me vês.
Ó ventura beijar-te,
espelho que premido não estilhaça
e mais brilha porque chora
e choro de amor radia.
(Adélia Prado, 1998).
A luz que em tua pupila me desenha.
Aceito amar-me assim
Refletida no olhar com que me vês.
Ó ventura beijar-te,
espelho que premido não estilhaça
e mais brilha porque chora
e choro de amor radia.
(Adélia Prado, 1998).
O jardim (aberto)
Descobri-me jardineiro
agora estou me especializando
as cores são variadas
os tamanhos são todos
O mais bonito de meu jardim
é sua capacidade de renascer
também de procriar
criar novos exemplares
O ano que findou foi extremamente produtivo
mostrou-me uma rosinha clara
um Girassol escuro
Um copo de leite
firme, porém frágil
quase isso, mas não tanto
agora estou me especializando
as cores são variadas
os tamanhos são todos
O mais bonito de meu jardim
é sua capacidade de renascer
também de procriar
criar novos exemplares
O ano que findou foi extremamente produtivo
mostrou-me uma rosinha clara
um Girassol escuro
Um copo de leite
firme, porém frágil
quase isso, mas não tanto
sexta-feira, janeiro 05, 2007
À Música
AN DIE MUSIK (Rainer Maria Rilke)
Musik: Atem der Statuen. Vielleicht:
Stille der Bilder. Du Sprache wo Sprachen
enden. Du Zeit,
die senkrecht steht auf der Richtung vergehender Herzen.
Gefühle zu wem? O du der Gefühle
Wandlung in was? - : in hörbare Landschaft.
Du Fremde: Musik. Du uns entwachsener
Herzraum. Innigsters unser,
das, uns übersteigend, hinausdrängt, -
heiliger Abschied:
da uns das Innre umsteht
als geübteste Ferne, als andre
Seite der Luft:
rein,
riesig,
nicht mehr bewohnbar.
e a tradução de Paulo Quintela:
À Música
Música: hálito das estátuas. Talvez:
silêncio das pinturas. Ó língua onde as línguas
acabam. Ó tempo,
posto a prumo sobre o sentido dos corações transitórios.
Sentimentos - de quê? Ó transmutação
dos sentimentos - em quê? : em paisagem audível.
Ó peregrina: Música. Espaço de coração
de nós liberto. O mais íntimo de nós,
que, transcendendo-nos, força por sair, -
sagrada despedida:
quando o íntimo nos envolve
como o mais exercitado dos longes, como o outro
lado do ar:
puro,
gigânteo,
já não habitável.
Musik: Atem der Statuen. Vielleicht:
Stille der Bilder. Du Sprache wo Sprachen
enden. Du Zeit,
die senkrecht steht auf der Richtung vergehender Herzen.
Gefühle zu wem? O du der Gefühle
Wandlung in was? - : in hörbare Landschaft.
Du Fremde: Musik. Du uns entwachsener
Herzraum. Innigsters unser,
das, uns übersteigend, hinausdrängt, -
heiliger Abschied:
da uns das Innre umsteht
als geübteste Ferne, als andre
Seite der Luft:
rein,
riesig,
nicht mehr bewohnbar.
e a tradução de Paulo Quintela:
À Música
Música: hálito das estátuas. Talvez:
silêncio das pinturas. Ó língua onde as línguas
acabam. Ó tempo,
posto a prumo sobre o sentido dos corações transitórios.
Sentimentos - de quê? Ó transmutação
dos sentimentos - em quê? : em paisagem audível.
Ó peregrina: Música. Espaço de coração
de nós liberto. O mais íntimo de nós,
que, transcendendo-nos, força por sair, -
sagrada despedida:
quando o íntimo nos envolve
como o mais exercitado dos longes, como o outro
lado do ar:
puro,
gigânteo,
já não habitável.
quarta-feira, janeiro 03, 2007
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